Você já ouviu falar em marketing sensorial? Sabia que essa é uma das mais recentes apostas das empresas ao redor do mundo, principalmente no mercado varejista?
Como o próprio nome já diz, o marketing sensorial trabalha com os sentidos do consumidor em prol das vendas. Desde o design de uma embalagem que atrai a visão do cliente até um cheiro que o hipnotiza pelo olfato, o marketing sensorial (ou neuromarketing) busca impactá-los de alguma forma para que a marca se diferencie da concorrência.
Principalmente no ponto de venda (PDV), onde o cliente pode ver, tocar, sentir o cheiro, ouvir os sons e experimentar os sabores, é importante valorizar ao máximo essas experiências.
A seguir, apresentamos 5 dicas para explorar o marketing sensorial no seu negócio. Confira!
Marketing sensorial pela visão
Historicamente, o sentido mais utilizado pelo marketing é a visão. Por meio da propaganda e do design de produtos, as empresas tentam chamar a atenção do público com linhas visuais exclusivas, logos bem trabalhadas, embalagens diferenciadas etc.
No marketing sensorial, a visão está relacionada também com a forma como o produto é exposto dentro do ponto de venda, desde a vitrine até o cabide em que uma roupa é colocada.
A marca Banana Boat, por exemplo, já explorou o marketing sensorial levando guarda-sóis gigantes (de 2,5 m de altura) para seu PDV, chamando a atenção para os seus produtos.
Para estimular uma experiência visual agradável no contato do cliente com seu PDV, vale investir em iluminação, decoração, cenários e disposição harmoniosa da mobília.
As cores também devem ser bem exploradas para ajudar não só no reconhecimento da marca, como para estimular sentimentos e percepções.
O vermelho, laranja e amarelo, por exemplo, são cores mais vibrantes, que despertam entusiasmo, vitalidade e paixão. Já cores como azul e bege trazem maior tranquilidade, serenidade e conforto. Na hora de montar seu PDV, o equilíbrio dessas cores é fundamental!
No ramo alimentício, a visão também deve ser bem estimulada. Já ouviu o ditado de que “primeiro come-se com os olhos”? Tanto o ambiente do estabelecimento com a própria elaboração dos pratos devem seguir procedimentos estéticos que conquistem e fidelizem os clientes.
Marketing sensorial pelo olfato
Outro jeito de atrair clientes é por meio do Marketing Olfativo. A forma mais tradicional é por meio do uso de aromatizadores nas lojas. Dando um “cheirinho” especial ao seu PDV é possível trazer memórias olfativas do público à tona, como cheiro de praia ou de “comida de vó”.
Os aromas podem ser utilizados para criar um clima agradável no seu ambiente, que despertem emoções positivas e de bom humor nos seus clientes. De acordo com seus produtos, você pode utilizar aromas mais cítricos, adocicados, frescos ou bem energéticos.
Sem contar na associação instantânea à marca com os aromatizadores exclusivos. Algumas marcas, como a Osklen, transformaram seu cheiro até em produto, vendendo o aromatizador usado nas lojas. Uma verdadeira assinatura olfativa!
Outro case de sucesso foi da Dunkin’ Donuts, que instalou aromatizadores em ônibus de Seul, na Coreia do Sul. Toda vez que o anúncio da marca tocava na rádio interna do ônibus, o dispensador soltava o aroma do café. O resultado foi o aumento de 29% das vendas.
Marketing sensorial pela audição
Pelo Marketing Auditivo também é possível fazer o produto se destacar no PDV. Trilhas sonoras apropriadas ao contexto da marca embalam o momento de compra do consumidor, podendo tranquilizá-lo ou deixá-lo mais agitado, por exemplo — dependendo do objetivo da empresa com a ação.
Isso acontece porque o som tem impacto direto no humor das pessoas, o que vai configurar o tipo de experiência do cliente na loja como positiva ou negativa.
Além de ser apropriada à marca, a música ambiente precisa se adequar ao perfil dos clientes e estar em um volume ideal. Um exemplo de marca que utilizou bem o Marketing Auditivo é o da Johnson & Johnson.
Em parceria com a Fundação Gol de Letra, a empresa criou um display com sensor de presença, no qual o jogador de futebol Raí, que é presidente da ONG, explicava como participar de uma promoção. A campanha gerou bons resultados e tudo que precisou foi de um sistema de som nos estabelecimentos.
As lojas de vestuário também apostam muito no marketing sensorial pela audição. As trilhas sonoras mais animadas e eletrônicas sempre tocam em lojas para o público jovem. Já as músicas mais calmas e relaxantes embalam as compras em lojas mais elegantes e formais.
Por meio da música é possível criar também playlists musicais específicas da loja, o que vai ajudar no reconhecimento da marca pelo cliente.
Marketing sensorial pelo paladar
Experimentar comidas e bebidas agradáveis e gostosas não só estimulam o bom humor no cliente como deixa-o mais receptível aos outros estímulos sensoriais.
Além disso, sabe-se que a fome é uma das principais causas do mau humor e motivo pelo qual os clientes saem de uma loja atrás de comida. Portanto, mesmo que a sua empresa não seja do setor alimentício, investir na degustação vai permitir que o cliente passe um tempo maior e melhor na sua loja.
É possível envolver o paladar dos clientes por meio de balinhas e chocolates personalizados no balcão da loja, por exemplo. Outra opção é oferecer água, café e outras bebidas e, sempre que houver novidades na loja, promover coquetéis com comes e bebes. Lembre-se de que clientes com fome não conseguem focar nas compras!
Para fugir do lugar-comum de simples estandes em supermercados, a Danette lançou uma campanha em que aquecia seu produto com uma receita diferenciada no PDV, para que o cliente experimentasse e também visse o processo sendo feito.
No ramo alimentício, a regra de ouro é prezar pela qualidade dos produtos. Ter um tempero, uma receita ou um ingrediente especial faz toda a diferença. Busque criar no cliente aquela sensação de que, para sentir determinado sabor, ele precisa ir até a sua marca.
Marketing sensorial pelo tato
Por meio de experiências táteis, o cliente também pode ser atraído a consumir. Quando alguém entra em uma loja de roupas, uma reação natural é tocar as peças expostas na arara, sentindo o material de cada roupa. Portanto, é fundamental que o cliente possa pegar e experimentar o produto antes de comprá-lo.
Deixar os produtos ao alcance dos consumidores, para que eles se sintam livres para manuseá-los, é uma forma simples de proporcionar experiências agradáveis e multissensoriais de consumo.
A empresa Kimberly-Clark, por exemplo, aproveitou o lançamento de uma nova linha de fraldas para montar um display diferenciado, em que os clientes podiam tocar no produto para identificar a nova proposta.
As tecnologias digitais de PDV também são uma tendência no mercado. Por meio de telas interativas, provadores digitais e mesas touch screen, o cliente consegue ter uma experiência tátil, ainda que seja virtual.
Esses tipos de dispositivos ajudam a integrar a experiência virtual e física, estimulando uma navegação por ambientes digitais a partir da percepção pelos sentimentos, seja ele visual, tátil, sonoro ou auditivo.
A proposta do marketing sensorial é justamente criar uma abordagem mais interativa e completa da experiência para consumo. Aguçar todos os sentidos ao mesmo tempo é um baita desafio para as marcas, mas se elas conseguem, com certeza, conquistam os clientes.
O objetivo é criar uma experiência agradável para o consumidor e fazer com que ele associe essa experiência prazerosa à sua marca.
Além do marketing sensorial, existem outras estratégias para atrair os consumidores para o ponto de venda. Conheça 5 dicas incríveis para otimizar o PDV no varejo e comece agora mesmo a implementá-las!