Não é nenhuma surpresa que a tecnologia é uma importante aliada das marcas, pois possibilita um relacionamento de forma cada vez mais inovadora com os seus clientes. Mais recentemente, com a popularização e desenvolvimento dos smartphones, novos modos de interação entre o público e as ofertas foram criados. Uma dessas novidades que se consolidaram nos últimos anos foi o uso da realidade aumentada no varejo.
Já que as formas tradicionais de marketing não atraem os consumidores como antes, a utilização de tecnologias diferenciadas pode ser um caminho interessante para os varejistas. Dessa maneira, vamos nos aprofundar um pouco mais no universo da realidade aumentada e ver como ela pode ser útil para alavancar as vendas nas lojas. Confira a seguir!
O que é realidade aumentada?
A realidade aumentada é uma tecnologia que coloca objetos virtuais para interagirem com objetos reais a partir do uso de um software ou aplicativo. Com ela, podemos mudar a forma como nos relacionamos com o mundo, inclusive as relações de consumo.
Um exemplo prático é o uso de smartphones que, quando ativam a câmera por meio de um determinado aplicativo, aparecem objetos virtuais sobre o cenário físico filmado e transmitido naquele momento. Nesse caso, poderiam ser as informações de um notebook assim que a câmera do usuário apontasse a câmera para o produto enquanto ele estivesse na loja e usando o app da marca.
É importante reforçar que o uso da realidade aumentada depende de um software, aplicativo ou sistema que possa interpretar o sinal vindo da câmera e do objeto real como referência. Essa tecnologia usa conteúdos, ações e respostas predefinidas a cada interação programada com os itens reais e virtuais.
Como ela pode ser inserida no varejo?
O principal objetivo da realidade aumentada no varejo é proporcionar uma experiência de compra e relação diferenciada aos clientes. Por exemplo: os consumidores, por meio dessa tecnologia, podem interagir com produtos, com a vitrine ou com o ambiente de uma loja mesmo sem estar fisicamente no estabelecimento.
Outro ponto a se destacar é que essa tecnologia visa simplificar o processo de compra por parte dos clientes. Basta pensar na facilidade que uma pessoa teria ao experimentar um sapato ou uma camiseta em casa, apenas usando um aplicativo da loja e a câmera do seu smartphone para se visualizar com as peças. Mais do que isso, o consumidor pode adquirir o produto pelo próprio app ou, pelo menos, ter uma decisão de compra tomada ao ir para a loja.
A realidade aumentada, dependendo da maneira como é implementada por sua empresa e entendida pelo público, tem tudo para gerar um impacto positivo em sua taxa de conversão.
Realidade aumentada além das vendas
O uso dessa tecnologia não está atrelado apenas ao viés puramente comercial. A realidade aumentada abre tantas possibilidades que é plausível a sua aplicação em outros segmentos, como segurança, educação, literatura, entretenimento e treinamento interno. Aliás, as duas últimas áreas podem, indiretamente, melhorar o relacionamento da sua empresa tanto com o público externo quanto interno, o que resulta em melhores oportunidades de negócio.
Vamos ver na prática essas duas possibilidades que destacamos de aproveitamento da AR em entretenimento e treinamento:
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No primeiro caso, o uso mais comum é para a criação e desenvolvimento de jogos, como o popular Pokémon Go (falaremos mais sobre ele ao final do post);
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No segundo, a realidade aumentada pode colocar um colaborador em contato com gráficos e dados de um processo ou produto apenas com a utilização do seu app/smartphone ou óculos RV (realidade virtual). Isso agiliza a assimilação de procedimentos e informações que, mais do que trazer produtividade, melhora o atendimento com os clientes.
Quais empresas já investiram em realidade aumentada?
A realidade aumentada ainda não é uma tecnologia empregada a exaustão pelas empresas, muitas vezes por desconhecimento ou falta de reconhecimento do seu valor. Mas as que resolveram apostar em AR (sigla em inglês para realidade aumentada) trouxeram experiências bem interessantes aos seus consumidores.
Na lista a seguir, traremos 3 exemplos de marcas que exploraram a realidade aumentada. Acompanhe!
C&A
A varejista criou uma ação de realidade mediada, na qual os consumidores eram convidados a realizar um tour virtual pela loja da marca localizada no Shopping Morumbi, na capital São Paulo. Esse passeio era feito por meio do acesso a um site onde o cliente poderia conhecer a loja física, além de adquirir as peças encontradas (e disponíveis) diretamente pelo e-commerce da C&A.
IBM
Já a IBM criou e ainda desenvolve um aplicativo mobile de realidade aumentada em que auxilia os visitantes de uma loja a identificarem maiores informações dos produtos. O consumidor tiraria uma foto da gôndola, o sistema reconheceria as ofertas e traria dados como descrição do produto, especificações técnicas e opiniões de outros compradores.
Shiseido
A Shiseido é uma empresa japonesa de cosméticos que trouxe a realidade aumentada para dentro das suas lojas. A ação contou com uma espécie de espelho interativo, que mais parecia um celular reproduzindo a imagem da sua câmera frontal. Esse provador digital possibilitou que as clientes pudessem ver como as maquiagens ficariam em seus rostos, podendo, inclusive, trocar as tonalidades dos produtos.
Como o Pokémon Go pode ser um aliado nas vendas?
Resolvemos destacar esse app porque foi o game mobile de maior destaque no ano de 2016. Ao todo, estima-se que 75 milhões de downloads foram efetuados em todo o mundo até os meados de julho. Contudo, não é só pelo sucesso que falaremos de Pokémon Go, mas sim sobre as suas possibilidades de utilização como ferramenta de marketing e vendas no varejo.
Como os jogadores precisam sair pelas ruas para capturar os Pokémons usando seus smartphones, o game pode ser um meio interessante para atrair esses usuários/consumidores até suas lojas. Algumas formas de fazer isso são:
Usar as “lures”
As lures são itens no jogo que servem para atrair Pokémons para o entorno do smartphone que ativou esse recurso. Os Pokémons aparecem por 30 minutos e podem ser vistos e capturados por todos os jogadores que estiverem próximos. Desse jeito, sua loja poderia lançar mão desses itens para atrair e “capturar” clientes para a sua loja. Lembre-se de divulgar essas ações em redes sociais e demais mídias;
Oferecer cartões de recarga de celular
Para os jogadores mais assíduos, o game pode consumir muitos dados de navegação quando jogado em áreas sem Wi-Fi. Logo, uma maneira de aumentar a receita da sua loja e atender à necessidade dos usuários por mais tempo de navegação são os cartões de recarga. Esses cartões poderão servir como ponte entre os consumidores e outras ofertas expostas no estabelecimento.
Disponibilizar redes Wi-Fi e tomadas
Outras demandas dos jogadores de Pokémon Go são: acesso à internet sem consumir o pacote de dados e locais em que ele possa recarregar a bateria do smartphone. Para tornar suas lojas em ambientes mais convidativos a esse público, é aconselhável facilitar o acesso à sua rede Wi-Fi e providenciar tomadas e carregadores para os aparelhos dos clientes enquanto eles jogam e tem contato com os produtos.
A realidade aumentada é uma novidade que já vem se consolidando e ainda ganhará muito terreno no varejo brasileiro. O fato de usar uma tecnologia capaz de misturar a nossa realidade com os dinâmicos e lúdicos objetos virtuais faz com que as empresas consigam entregar uma experiência de compra cada vez mais impactante, inteligente e completa ao público. Isso leva a um maior interesse dos consumidores por essa relação inovadora e, consequentemente, a maiores vendas.
O que você pensa do uso da realidade aumentada no varejo? Acredita que as lojas poderão se relacionar melhor com os clientes por meio dessa tecnologia? Compartilhe sua opinião nos comentários!